quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bala de Prata na Cabeça!


Não gosto de escrever sobre filmes, músicas ou o que seja que não me agrade. Fiz isso poucas vezes. Mas desta vez foi meio que pessoal. Eu sou fã de filmes de Lobisomem e em especial "The Wolfman" de 1941 e a suposta refilmagem que assisti esta semana no cinema foi uma verdadeira tragédia. Horroroso é o que posso falar sobre o que achei. Filme truncadíssimo, com resoluções falhas e muitas delas sem sentido. Desperdício de referências, banalizadas a meras figurações. O roteiro então é mais furado que vilão do filme Cobra do Stallone. Fica evidente que muita mão passou ali e você sabe que se o negócio tá feio e muito se mexe, fede cada vez mais. E dito e feito. Fico com pena apenas de Benício Del Toro que é fã do personagem e do filme original, e praticamente tocou o barco no projeto, mas infelizmente os "donos" do filme fizeram a lambança chegar onde chegou. Joe Johnston entrou nessa roubada nem sei porque e espero que ele limpe seu nome com o filme do Capitão América. Rick Baker foi apenas ok na sua "homenagem" à maquiagem original de Lon Chaney Jr. O CGI não me incomodou como alguns estão falando aí. O que mais incomodou é essa maldita mania de hollywood (é minúsculo mesmo!) de criar "vilões" para se ter um herói, anti-heroi que seja... Acabaram com a magia do filme original, com diálogos furados e sem liga. A velha Maleva diz que só o amor pode salvar Talbot, mas no final uma bala de prata acaba com a vida do cão maldito. Pô, até aí qualquer um podia meter uma bala de prata no rabo do lobo e fim de papo, sem amor! Onde foi parar a marca que o lobisomem vê em suas vítimas? Mostraram o medalhão cigano mas nem explicaram pra que servia! A bengala nem se fala. Agora venha cá... a origem do lobisomem foi graças a uma mordida de um mogli dos infernos na Índia? Ah... quase levantei da cadeira e fui embora... Alguem no orkut disse que parece haver dois filmes, mas eu digo que na verdade não há filme algum e sim uma colagem de cenas que dão entender a um filme. Algumas cenas bem bonitas e outras nem tanto... isoladamente algumas cenas são legais... como o lobisomem em Londres que é chupada diretamente de "The Curse of Werewolf" e a cena do veado no arco, que lembra uma pintura do grande Frazetta. Bem o filme é isso... se é que podemos dizer que isso é um. E como que sofrendo com toda essa lambança, no final do filme, Del Toro solta um melancólico "Thank You" e se despede dessa vida. Ah essa hollywood....

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A surpresa do Grammy

O post de hoje era pra escrever sobre o show do Metallica, mas depois da entrega do Grammy, não podia deixar passar essa. De tempos em tempos somos surpreendidos no meio da manjada indústria musical, com lapsos de autênticos talentos. Talentos esses que hoje em dia são banalizados no meio de tanta porcaria industrializada. Até coisas como alterna, indie, hoje em dia não merecem esse título. Não sabemos mais o que é autêntico ou fake. Lady Gaga é uma autêntica artista, a despeito de você gostar ou não, ela faz com facilidade o que um batalhão de pseudo-artistas tenta e não consegue: tornar-se um ícone pop. Coisa que não aparece desde um certo disco chamado Thriller. Posso estar errado, mas no meu conceito, Lady Gaga está caminhando para se tornar esse ícone pop, que a indústria tenta há anos produzir e vem falhando. Ela transmite sinceridade e segurança e o mais importante, ela acredita no que faz, até no que veste. Seja pra chocar, ou pra chamar a atenção, ela não o faz aquilo porque mandaram, mas porque gosta.