domingo, 17 de agosto de 2008

The V´s


Coisa do destino. Minha primeira guitarra foi uma Jackson Randy Rhoads japonesa. Já faz mais de 12 anos que ela está comigo e nunca deu problema. Ná época comprei ela em uma nova loja que tinha inaugurado no andar térreo da Galeria do Rock, exatamente no lugar onde funcionava outra loja de instrumentos, a J. Parisi. O nome dessa nova loja era Playtech.

Voltando a guitarra, ela é uma das primeiras da linha Profesional Made in Japan, o tremolo funciona como novo, sem folga, enfim uma tremenda guitarra. Nunca imaginei tendo outra guitarra flying v, justamente por causa do certo incômodo para tocar sentado. Arrumei uma furreca strato pra poder estudar, mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso agora é que há uns dois anos, Michael Angelo Batio veio ao Brasil para divulgar a marca Dean e fez uns workshops por ai. Eis que então me deparei com os modelos mais legais de guitarra e confesso que a que mais me atraiu foi uma ML Noir (o modelo explorer do Dimebag Darrel), mas discretamente uma certa flying v preta e branca de um certo Michael Schenker brilhava no meio das várias Deans inclusive junto com a famosa "Dean From Hell", a ML azul pintada com um raio, usada pelo Dime.

O tempo passou, a marca não fez o sucesso esperado no país, talvez pelo alto preço cobrado pelos intrumentos, por serem Made in China e não americanos e os instrumentos que desembarcaram aqui, acabaram e não foram mais importados e eu esqueci da Dean... até agora!
Eis que navegando na internet descubro uma Dean Michael Schenker por uma barbada. Não podia acreditar e era num site de loja de instrumentos novos!
Fui imediatamente na loja. Chego lá e não encontro a guitarra exposta. O vendedor me explica que a guitarra estava em outra unidade, e que se estivesse alí teria sido vendida imediatamente, pois era uma loja procurada por muitos músicos, mas a outra unidade era meio fora do circuito das lojas de instrumentos. Pedi pra reservar a danada e voltar no dia seguinte pra testar. Dia seguinte. Chego as pressas na loja, procuro o vendedor que me atendeu no dia anterior e ele corre pra pegar a guitarra. Dou uma olhada pra ela e reparo algumas coisas: suja, alguns pontos de ferrugem na chave de captadores e cordas podres! Não me importei, isso é coisa fácil de resolver. O vendedor explica que o preço era baixo por se tratar da última Dean que eles tinham e que estava criando teia de aranhas. O alto preço afastava a garotada, mas pra "queimar" de vez, fizeram uma promoção.

A sensação ao testar a guitarra foi mágica. Não durou 3 minutos. A loja estava cheia, vários garotos testando guitarras, mas quando passei com a Dean na mão e liguei no ampli, pude perceber todos parando o que faziam e olhando a guitarra. Não me importei com as cordas "pretas" e a desafinação. Senti o sustain e o certo silencio que durou segundos, mas foram decisivos. "Embrulha que vou levar"
Nunca imaginei que teria outra Flying V, agora já penso em uma Orbit da Caparison. (sonho meeeuuu!!!)

Ah! A loja que comprei a Dean é a Playtech, a mesma que há 12 anos comprei minha Jackson Randy Rhoads, só que agora é uma grande loja de instrumentos, com filiais e tudo mais. Coisa do destino!

Um comentário:

Astronauta Solitário disse...

É isso aí, Waltão! Parabéns pela guitarra nova! Você sabe que acho que uma guitarra nova é sempre uma conquista e um brinquedo SENSACIONAL. A sua, inclusive, está aprovada no meu teste de qualidade. Muito boa! Espero que ela te leve onde você deseja... Eu estarei por perto, né? hahahaha...Abraço frangão!