sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
O Lutador - The Wrestler
Diretores conduzem seus filmes de acordo com suas capacidades e talentos, o que reflete não só na história em si, mas principalmente na atuação dos atores, sejam eles bons ou péssimos.
Um exemplo de condução pode ser percebida no filme "O curioso Caso de Benjamin Button", onde David Fincher magistralmente nos conta uma bela história, conduzindo Brad Pitt por todo caminho do filme, até seu objetivo. A mão do diretor está em toda volta.
Outro exemplo, é o que o excelente Darren Aronofsky nos concede. Concede o direito de assitir um filme, onde, ao invés de pegar na mão de seus atores e conduzi-los pelo caminho, ele apenas fala para eles onde quer chegar e deixa-os trilharem os seus próprios.
E é justamente aí que entra o talento de um cara massacrado pela crítica, as vezes com razão, em virtude de sua má admnistração da carreira. Mas aqui, ele se reergue. O Lutador (The Wrestler - 2008) é o testemunho de que muitos estavam errados a respeito desse cara. Esse cara é Mickey Rourke.
Esqueçam os faniquitos e pitis de velhos críticos que torceram o nariz pela sua vitória nos Golden Globe, e quiçá um merecido Oscar. O Lutador é mais do que sugere. É uma declaração de amor. Rourke despeja nos durante os 109 minutos do filme, uma carga de sentimentos contidos durante todos esses anos que confundem-se com sua vida pessoal. Mas como disse é uma declaração de amor. Amor a vida, não importa de como ela pe vivida pelo lutador Randy "The Ram" Robinson. Apesar de chegar em certo momento do filme em uma encruzilhada, Randy decide o correto. Muitos podem não concordar, mas o rumo da vida desse lutador de luta-livre seguia apenas para esse caminho.
Mickey Rourke está fantastico. Marisa Tomei igualmente, dando suporte necessário para que a carga dramática sobre Randy seja maior. A decisão de Darren deixar Rourke levar o filme sozinho nas costas, o liberou para criar cenas antológicas, como a cena em que Randy se prepara para seu primeiro dia de trabalho no supermercado, ou minha preferida, a cena do bar. Cena essa que denota outra declaração de amor, que está presente em todo filme. O Hard Rock dos anos 80. Seja nos carros, na boate onde Pam trabalha, nos ringues, ou até mesmo na camiseta do Motley Crue de Pam, não tem como não sentir uma certa "veneração" por esse estilo musical. O Lutador já nasceu clássico. Não será necessário anos para que isso aconteça. Que os críticos queimem seus cavanhaques.
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2 comentários:
Pois é... E o Mickey Rourke voltou aos ringues com tanta paixão que agora declarou que quer fazer o mesmo na vida real.
Ele já está com o rosto deformado, mas parece mesmo que o contato com o De Niro de Coração Satânico perturbou nosso herói pra sempre. Ou ele assistiu ao Rock VI e se empolgou... Sei lá.
bom ator, sabemos que ele é... Boxeador, além de ter passado da idade, bom... deixa pra lá.
Um excelente ator ele é, mas não tem o perfil da academia para levar o Oscar. A Marisa Tomei também não faturou o seu segundo Oscar. Uma pena.
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